Processo Seletivo

Olá, tudo bem? Faz tempo que não apareço por aqui. Muita coisa acontecendo. Inclusive, fiz algumas entrevistas. Vamos falar um pouco sobre estes momentos decisivos das nossas carreiras.

Fazer entrevistas, participar de processo seletivo sempre tem dois gumes: por um lado, é muito bom saber como o mercado nos vê e é sempre um processo de aprendizado. Por mais que já saibamos algum conceito ou tenhamos que explicar novamente, nunca falaremos ou escreveremos do mesmo jeito. Por mais que cada vez mais sejamos experientes, muitas vezes estamos enferrujados nos processos seletivos e nem sempre conseguimos demonstrar o nosso melhor. Outras vezes, conseguimos nos conectar com as pessoas entrevistadoras e a entrevista flui de uma forma maravilhosa - e geralmente é esse momento que passamos.

O outro lado é que as rejeições, a sensação de que não fomos bem muitas vezes pode abalar a nossa confiança e dar ainda mais força para os pensamentos influenciados pela voz impostora que existe em nós durante o nosso trabalho.

Fazer entrevista exige que estejamos com o mínimo de preparo mental. Se não estiver no limiar de saúde mental, talvez seja melhor escolher bem a forma de se aventurar nas seleções - ou até não se aventurar.

Durante essa etapa de seleção que participei, percebi que as pessoas entrevistadoras estavam mais atentos a segurança dos dados. Estavam mais atentos a elementos que não tinham me questionado antes - principalmente autenticação. É algo que ficou na minha lista para estudar.

Estamos mesmo num momento de mais cautela - talvez os lugares que conversei estejam neste momento - de qualquer forma, outra grande ênfase foi dada para trazer os trade-off de cada decisão. Isso é algo bem básico, mas nunca foi tão cobrado quanto nesta última temporada de entrevistas.

Comparar e saber em que situação usar SQS/ SNS / RabbitMQ e Kafka também foi algo que percebi em todas as entrevistas.

Outro ponto também é saber quando é apropriado usar banco relacional e banco não relacional. Acesso de dados: dados transacionais, dados consolidados, dados históricos. ETLs, Lakes também foram tópicos abordados.

Kubernetes é praticamente dominante, mas precisamos ter o conhecimento de como escalar - quando vale a pena colocar mais instâncias (pods) rodando o sistema ou quando damos mais recursos para a instância que já está no ar.

Cache, Redis apareceram nos papos.

Um ponto que falhei amargamente em uma das entrevistas e preciso melhorar é a objetividade. Conseguir explicar de forma sucinta as idéias pode ser essencial. As vezes, as pessoas apenas funcionam no modo “sem tempo, irmão” e é necessário saber se comunicar no tempo das pessoas.

Algo que indico demais é questionar o tipo de profissional e de pessoa que estão buscando para a vaga. Se eles estiverem buscando alguém que você não é, é algo que se deve pensar. Isso evita levar gato por lebre - para as duas partes.

Em entrevistas, é o momento de saber como será a troca de idéias, como vão explicar e como vão te corrigir caso seja necessário, como as pessoas irão te ouvir. Não tenha medo de pedir opinião ou ajuda durante o case. Essa interação é algo que não só quem está avaliando vai levar em consideração, mas também nós como candidatos precisamos saber.

Enfim, é isso. Espero ter ajudado e que todos nós possamos estar nas melhores oportunidades para o nosso momento de vida e de carreira.

Até breve.

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